quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Era uma vez um contador de estórias

Aproveito que hoje é dia do pai, para falar do meu mais que tudo...
Em 1938, nasceu na freguesia de Resende, Manuel Pereira da Fonseca, ultimo filho, de uma mãe já velhinha e com muito peso na alma, viria a ser um adorador de mulheres pois só teve mãe e as irmãs eram as suas heroínas, sempre disse que a salvação deste mundo seria ser mandado por mulheres... e sempre me incentivou a ser mais e melhor, tadinho, tanto queria que eu fosse presidente da republica portuguesa.
eu e mi papi, ele com 39 anos 

Foi criado no meio da pobreza com os cupões da guerra ,tudo era racionado, e
quando cresceu, começaram as guerras nas colónias, acabou por passar a juventude, no meio das raparigas que os homens tinham ido todos para a guerra, e que bem aproveitou, contava aventuras do arco da velha.

Acabou também por ir, para Angola combater,  e foi paixão á primeira vista, era um homem que nunca estava parado, passou aventuras mirabolantes, davam para escrever um livro, é engraçado,mas todas as suas historias eram verdadeiras, mas tinham todas uma  lição de vida.


Era já um trintão quando conheceu a minha mãe, apaixonou-se pelo seu jeito delicado de ser...

Quando voltou para Portugal foi como retornado, e sem nada do que tinha conquistado por lá e foi aqui que viveu, as piores desgraças, mas mesmo assim tinha um amor pela terra, a vida e os animais fora de serie, sempre nos deixou ter os animais que quiséssemos, é por isso que digo que pais como os meus, nem nós!



Faleceu o ano passado, e deixou um vazio tão grande nos nossos corações

Eu sei que podem dizer que sou maluca, mas sinto que ainda te vou reencontrar, acredito na reencarnação, quem sabe não serás meu neto....

beijinhos

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